Tintin: nova edição, novo formato, o mesmo herói de aventuras
Até ao final do ano estarão disponíveis nas livrarias 12 volumes da colecção
Em 1936, Portugal foi o primeiro país não francófono a publicar as aventuras de Tintin. Hoje, as edições portuguesas voltam a estar na linha da frente com a reedição, desta vez pela ASA, dos 24 livros das suas aventuras, num formato inédito, mais pequeno e de capa dura.
“É um prazer colaborar com esta edição, de uma série que sempre foi uma das minhas favoritas”, explicou ao i Maria João Pereira, tradutora da banda desenhada. Além de um novo formato, os livros contam agora com uma nova edição. “Sentíamos que por vezes tropeçávamos na tradução da banda desenhada, porque eram usadas expressões que estão desactualizadas”, explicou a tradutora. O nome do herói deixou de ser traduzido e voltou à versão original – “Tintin” – perdendo o “m” final da versão portuguesa anterior.
Nuno Artur Silva foi convidado da apresentação da nova edição da banda desenhada que conquistou gerações, que decorreu hoje no Espaço Tintin, em Lisboa. Para o argumentista, “Tintin é um tipo de herói que hoje já não existiria. O mundo no qual o Tintin vive já não existe e é por isso que faz tanto sentido actualmente”. Nuno Artur Silva explicou que a banda desenhada do Tintin é um paradigma da “linha clara”, que, neste caso, vai muito além do estilo de desenho. “O Tintin é como uma linha clara neste tempos que se apresentam obscuros”, disse ao i. A personagem criada pelo belga Hergé é considerada pelo escritor como “um veículo de aventuras que atravessou todo o século XX”. Um assumido apreciador de banda desenhada, Nuno Artur Silva explicou ainda que “o quadradinho da BD mais importante é aquele que não está lá”, acrescentando que “quando passamos de uma imagem para outro, o quadradinho que falta é o da imaginação”.
fonte: Jornal i
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